Cidades com cabeça e coração, precisam-se

Desafiada pelos jornais de agora, paro para pensar no que aí vem, e no que podemos fazer para que seja melhor e diferente do que temos tido. Moro na Grande Lisboa. Habito uma parte do planeta em que se anteveem aplicação de capitais financeiros vultuosos para construção em áreas significativas sem que o cidadão comum perceba que resultado desenhamos para essa enorme cidade que o Tejo marca, até ao mar. Das antigas Escolas da Armada (Vila Franca de Xira até à antiga Lisnave (Almada), passando pela antiga Feira Popular e a parte poente de Marvila (Lisboa), o previsto novo aeroporto (Montijo) e ainda por projetos no arco ribeirinho que inclui a antiga Lisnave (Barreiro, Almada, Seixal).

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“Back to Business”?

Numa noite de sexta feira o casal Pereira resolveu que teriam de decidir sobre as medidas a tomar em relação ao Diogo. Sabiam bem que ou o agarravam agora, ou iriam ter problemas ainda maiores no futuro. Mas era tão difícil discutir isso… tal era o medo de errar e tornar a emenda pior que o soneto, como já tinham constatado nas várias tentativas de ir direto ao assunto, que ficavam sempre derrotados antes sequer de tentar intervir.

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A exasperante duração das corridas de toiros em Portugal

Realizou-se ontem no Salão Nobre do Campo Pequeno, por iniciativa do Campo Pequeno TV, da Sociedade do Campo Pequeno e do Grupo Tauromáquico Sector 1, um debate sobre a excessiva duração das corridas de toiros no nosso país. José Cáceres apresentou um estudo minucioso e de grande importância sobre todos os tempos ocupados em média com cada momento de uma corrida na temporada de 2017 no Campo Pequeno e, mesmo nessa Praça onde, devido ao profissionalismo dos campinos, a recolha dos toiros dura pouco mais de um minuto, a duração média das corridas foi superior a três horas. Se essa foi a duração média, imagina-se o que terão durado alguma delas. E se foi assim no Campo Pequeno, o que se terá passado no resto do país…

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Uma conversa à beira do Tejo espumante

Depois de muitas conversas e conselhos recebidos no IEFP, e de ter frequentado um curso completamente inútil sobre empreendedorismo (ele achou que aquilo era só para justificar gastos de um projeto qualquer financiado pelo Fundo Social Europeu), João Pereira, de acordo com quem para ele de facto contava, a Dª Benvinda da Assunção, sua mulher, decidiu escolher uma área para montar um negócio: material para a hotelaria. O turismo é que está a dar!

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O abuso sobre as mulheres

João Pereira possuía um grupo de amigos mais próximos no emprego com os quais havia anos se juntava à hora do almoço. Eram 3 homens (com ele, 4) e uma mulher que trabalhavam em várias secções do banco, todos tão veteranos como ele, e unidos por dois princípios: primeiro, a recusa absoluta da dispensa do almoço como refeição central, insubstituível por umas sobras de comida ou coisas feitas à pressa e metidas numa tupperware para engolir no local de trabalho, ou por uma refeição “fast-food” comida de pé num dos vários “snacks” da zona.

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A tragédia da rua da Barroca

– Muitíssimo obrigado, Sr. Engenheiro. Nem sabe como nos ajudou. Foi um prazer negociar com V. Exa”, disse João Pereira quase num suspiro, como se ainda não estivesse seguro de que tinha consumado o negócio, quando na verdade os 200 mil Euros já estavam na sua conta e a escritura assinada, tendo uma cópia autenticada ficado em seu poder. – “E a simpatia de nos dar 6 meses para mudar, só pode vir de uma pessoa com bom coração”.

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