No sentido de reforçar a ligação da população ao rio e de acentuar a beleza da paisagem, o município conta com a arte de Vile, conceituado graffiter, para melhorar 19 pontos de repouso do passeio ribeirinho.
O passeio pedonal que percorre a zona ribeirinha que liga Vila Franca de Xira a Alhandra é lugar de mil e uma actividades. O desporto, o lazer ou o simples passeio unem utilizadores no corredor que se atravessa entre a linha do comboio e o Tejo.
A beleza das águas que, apesar de não transparecerem a limpidez desejada, reflectem o brilho dos cinco arcos da Ponte Marechal Carmona e separam a Lezíria de Vila Franca, já clamava companhia. Dependente da luz do sol ou da lua para encantar os olhos de quem passa, a beleza do Tejo vivia sozinha com o ruído dos comboios a voarem de um lado para o outro. As poucas paredes do muro que acompanha a linha de Vila Franca até Alhandra viam-se vazias ou cheias de rabiscos. De um lado, a paisagem de cortar a respiração, do outro... enfim, do outro, havia pouco que agradasse a vista.
Com a arte de Vile e o aval da Câmara Municipal, escreveram-se histórias nas paredes, reflectiram-se vidas e costumes no vazio que era branco, ou riscado, dos muros. Com a arte de Vile, foi-se ligando as gentes à paisagem e a paisagem às gentes. Vai-se ligando, até que se lhe acabem os muros.
Os murais do passeio ribeirinho aos olhos, e nas palavras, dos utilizadores
Já só faltam sete…
Seis…
Cinco…
Quatro…
Três…
Dois…
Um…
Zero!
Galeria completa
E pronta a ser visitada num passeio que, além de unir arte e natureza, nos espelha, não nas águas do rio, mas nas paredes. Nas PAREDES DE VILE.